Coleção: Oeste da Bahia
No Oeste da Bahia, o Cerrado Baiano se expressa em cafés com notas de manga e pêssego maduros, doçura de mel, acidez suave de limão e corpo levemente encorpado, perfeito para quem quer experimentar um café tropical com personalidade.
Cidades: Abrange principalmente a região do Cerrado baiano, incluindo municípios como Barreiras, Luís Eduardo Magalhães, Angical, Cristalândia, entre outros. Esse território está no oeste da Bahia, em grande parte no bioma Cerrado.
Características: Altitude média em torno de 800 m (acima de 700 m), relevo de chapadões e vales. Clima tropical quente (médias 22–26 °C) com estação seca definida e elevada insolação (≈3000 h/ano). A região é praticamente livre de geadas e tem boa disponibilidade hídrica (sistema de irrigação). O solo é profundo e bastante diversificado, adequado ao café irrigado.
Variedades: Arabica de porte médio (Rubi, Topázio, Catuaí), além de introdução de variedades Catucaí em áreas mais altas. Devido à forte luminosidade, predominam grãos grandes e acidez moderada, com doçura acentuada.
Processamento: Tanto secagem natural quanto cereja descascado são usados. Muitas fazendas investem em irrigação; a colheita ocorre no outono/inverno seco, facilitando a secagem ao sol. A alta incidência solar dá robustez ao sabor (notas florais/frutadas acentuadas).
Certificações: Indicação de Origem “Região do Oeste da Bahia” (INPI 2019). A IG reconhece o padrão sensorial agradável (aroma frutado/floral, doçura e acidez equilibrada). Produtores locais vêm buscando certificações socioambientais (4C, UTZ, etc.) e maior agregação de valor.
História: O café no oeste baiano se expandiu nas últimas décadas (a partir dos anos 1970–80) com incentivos agrícolas para o cerrado. A cultura se adaptou bem ao regime de sequeiro, tornando o Oeste da Bahia um emergente do Cerrado brasileiro. O boom recente tem levado a região a conquistar prêmios em especialidades.
Produtores: Destacam‑se cooperativas regionais como a COOPLANTIO (Barreiras) e a COOPAFABE, além de consórcios de produtores (Fazenda Bom Jesus, Campo Novo, etc.). Marcas especializadas (Quarta Café, Café Terra Santa etc.) têm divulgado os cafés de origem oeste baiano. A IG tem estimulado a organização local e o turismo rural ligado ao café.
Fato característico: O Oeste da Bahia desenvolveu um modelo moderno de irrigação de café em larga escala; dessa forma, consegue produzir cafés de alta qualidade durante o período seco, aproveitando os aquíferos regionais