Coleção: Alta Mogiana

Com altitudes elevadas e tradição centenária, a Alta Mogiana entrega cafés encorpados, suaves e cheios de doçura natural — caramelo, chocolate ao leite e amêndoas — com acidez baixa que confere leveza e final cremoso, uma escolha segura pra quem busca aquele “cafezão” de qualidade.

Cidades: Abrange municípios na divisa SP–MG, como Franca, São Sebastião da Grama (SP), Serra Negra (SP), Poços de Caldas (MG) e região do Alto Paranaíba (MG). A área de Indicação Geográfica “Café da Alta Mogiana” já inclui 16 cidades (por ex. Santa Rita de Caldas/MG, Pedregulho/SP).

Características: Altitudes tipicamente de 900 a 1.100 m. Clima ameno (verões ~21 °C, invernos ~17 °C) com precipitação anual em torno de 1.600 mm. Solos são férteis, muitas vezes “terra roxa” de origem basáltica. O clima relativamente seco favorece amadurecimento lento e uniforme, resultando em grãos encorpados com doces notas de caramelo e nozes.

Variedades: Cultivares clássicos de Minas e SP, notadamente Bourbon, Catuaí (amarelo/vermelho), Mundo Novo e Rubi. Em áreas específicas (ex. Poços de Caldas) cultiva‑se também Bourbon Amarelo. As variedades produzem cafés de acidez média, corpo aveludado e aroma marcante de chocolate/fruta.

Processamento: Em geral, cafés são secos ao sol (natural) ou em cereja descascada por causa do clima favorável. A colheita é majoritariamente seletiva (manual), e a secagem é controlada em terreiro de preferência. Há uso limitado de via úmida. A IG Alta Mogiana exige colheita no pico de maturação e secagem lenta, garantindo qualidade.

Certificações: A região conta com Indicação Geográfica (IG) de Procedência (IP “Alta Mogiana”), atestando a origem no público consumidor. Em São Sebastião da Grama foi obtido IG em 2024 (Indicação de Procedência “Vale da Grama”). Produtores também buscam certificações como Fair Trade e orgânicas para mercados de nicho.

História: Trata‑se de uma das mais antigas regiões cafeeiras de São Paulo e MG, com cultivos desde o século XIX. O cultivo especial ganhou impulso recente com a criação de associações locais (ex. Associação Mogiana de Cafeicultores) e do selo “Café da Alta Mogiana” (IG desde meados dos anos 2010). A IG Valedo Grama (serra de SP) reconhece oficialmente tradição iniciada ainda no século XIX.

Produtores: Destacam‑se cooperativas como a Associação Mogiana de Cafeicultores (AMSCA) e fazendas familiares de relevo. No Vale da Grama, a principal entidade é a Associação de Produtores de Café Vale da Grama, que obteve a IG em 2024. Também há torrefações e marcas regionais de renome que divulgam o terroir mogiano.

Fato característico: muitos dos sítios de Alta Mogiana foram fundados no século XIX e ainda mantêm métodos artesanais (tradição da “origem Mogiana”) que transmitem sabores envolventes ao café.

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